Você conseguiu?



Essa é uma boa pergunta para encerrar o ano, mas, as respostas, muitas vezes são desagradáveis. Você... conseguiu? Ter aumento no salário, a promoção que sonhava, trocar de carro, reformar sua casa, terminar aquele relacionamento chato, dizer eu te amo, se declarar, confessar, perdoar, emagrecer, fazer exercício, tirar mais tempo para os filhos, passear com o marido... conseguiu? Antes da contagem regressiva para a entrada de 2007 todos nós fizemos dezenas de juramentos fervorosos e, se alguém ouviu, jurou que realizaríamos um a um, mas, 2008 se aproxima a passos largos e o que vemos são muitos desejos reprimidos, sonhos distantes de se realizar e, novamente, “refinanciaremos” nossa vida. Qual o caminho para o erro não se repetir? Planejamento estratégico. Sei que parece assunto de Gestão de Pessoas, mas, é isso mesmo. Planejar a médio e a longo prazo, como se fossemos uma grande empresa, pois se não fizermos essa reflexão de onde queremos chegar daqui 5, 10, 15 anos, viveremos apagando incêndio. Aconteceu, resolveu e assim por diante.Planejar é sonhar acordado, colocando em pauta suas condições físicas, emocionais, financeiras. É muito bonito sonhar e eu poderia dizer várias palavras de incentivo e de auto-ajuda, mas, a sua caixa de entrada se encarrega disso por mim, pois recebemos dezenas desses PPS todos os dias, agora, quero trazer algo útil e, se apenas 10 pessoas lerem esta matéria, ficarei feliz em ter contribuído para menos 10 pessoas tristes em dezembro de 2008.O que quero dizer é que não adianta sonhar com uma paixão intensa como a de Romeu e Julieta se você não é uma pessoa romântica. Não vai resolver ficar se imaginando na cadeira do chefe se não tens garra e vontade para crescer na carreira e galgar novas oportunidades, enfim... são exemplos simples e quase irônicos, mas, que refletem esse pensamento natalino que eu tenho para passar a vocês. Sonhar sem planejar é entristecer-se.
Um feliz natal e um planejamento de sucesso para 2008.

Apaixone-se pela segunda-feira


O título acima parece estranho mas é realmente o que desejo dizer, pois seria fácil pedir para você se apaixonar pela sexta-feira ou quem sabe pelo sábado. A minoria dos seres humanos almeja o segundo dia da semana e a maioria o tem como o dia da preguiça, da volta à escravidão, dos cinco dias de desgosto para, daí sim, alcançar mais um final de semana.
Se pararmos para refletir que em um mês passamos, em média, por quatro finais de semana, OITO dias, e por quatro semanas, portanto mais de 20 dias, podemos chegar a um ponto bem delicado de nossas vidas e nos questionarmos se estamos vivendo somente oito dias por mês ou estamos aproveitando todos os dias de todas as estações do ano?
Muitos guardam o que tem de melhor no guarda-roupa, o perfume importado, a bolsa recém comprada, a visita ao salão de beleza, o melhor vinho, a melhor receita, tudo para o sábado e para o domingo e, se fosse apenas esses aspectos exteriores tudo transcorreria normalmente, o problema é que muitos guardam o melhor sorriso, a oportunidade de matar a saudade, o melhor abraço, o tão esperado pedido, o carinhoso elogio, os melhores encontros, enfim, se guardam para os tão almejados finais de semana.
E, o que vemos nesta aurora do século 21 são pessoas que vivem a maioria dos seus dias deprimidas, tristes, desinteiriçadas e isso causa uma inversão de valores pois o indivíduo chega com tanta sede ao pote que não sabe beber, dirigir, se divertir moderadamente e então não é capaz de ver, nem mesmo, o alvorecer da tão temida segunda-feira. É hora de rever os conceitos e repensar as atitudes, privando pelas pessoas que se ama, pelos empregos conquistados, pela vaga na faculdade, pelas belas amizades e aproveitar tudo isso de segunda a sexta-feira, pois são nos dias da semana que a vida acontece. Tire os sábados e domingos para comemorar as conquistas alcançadas nos cinco dias passados, para estreitar amizades, reforçar elogios e intensificar os abraços.

Tá com pressa?



Você está com pressa? Eu também! A sociedade deste século está com pressa e falando nela, vamos direto ao assunto, pois o tempo está correndo. Pressa: rapidez, velocidade, imaturidade, irreflexão, precipitação, aflição, impaciência. Esses são os significados da palavra pressa no dicionário da língua portuguesa. Se analisarmos cada um deles, percebemos que não são nada agradáveis.Se pressa é algo que não contribui positivamente para o ser humano, qual a explicação de tanta gente apressada hoje em dia? A criança tem pressa para crescer; o jovem para amadurecer; o empregado para ser patrão; o patrão para se aposentar; o aluno para se formar; o formando para trabalhar; o trabalhador para o expediente acabar.Enfim, aonde queremos chegar com tamanha pressa? Escolhas de carreiras, amizades, relacionamentos, negócios, decisões imaturas. Impaciência para dizer eu te amo, para pedir desculpas, para perdoar, para se confessar, para ouvir, para falar. Vivemos correndo e sempre sem tempo para, para... Para o que mesmo? Pois na correria para acabar essa matéria também esqueci o que iria escrever. O ser humano dorme e acorda com tanta pressa que os dias, os meses, o ano está passando tão rápido que nos questionamos com a chegada de mais um natal e nos perguntamos se estamos preparados para enfrentar 2008.Acordamos apressados, nos arrumamos com pressa, comemos rapidamente, pegamos o carro e saímos em alta velocidade, respondemos sem refletir, agimos precipitadamente, não temos paciência com os que nos cercam e assim, iniciamos um novo século de aflição. Que tal irmos mais devagar? Temos o tempo todinho ao nosso dispor, basta apreciar tudo e todos lentamente e assim, viveremos.

O seu desafio de cada dia



Estamos no século da informação, com as mais variadas tecnologias nos oferecendo dados instantâneos a cada minuto. Antes mesmo da informação se confirmar verídica, estamos recebendo e julgando. Hoje, é difícil se manter atualizado, mesmo porque a própria atualização é relativa.
Como prova deste avanço da comunicação, podemos usufruir de meios como esta revista, que iniciou de um sonho e hoje se mantém para agradar um público fiel, conquistado com a criatividade dos seus idealizadores. Porém, necessita-se mais conteúdo, mais informação, mais, mais, sempre mais. E, por isto estamos aqui, a fim de escrever mensalmente sobre os mais variados assuntos.
Vivemos em um século veloz e precisamos acompanhar o ritmo frenético da evolução e nos moldar a esta metamorfose e à necessidade de estar sempre surpreendendo, conforme exige o mundo globalizado, o qual é responsável por transformar os jovens em adultos teens, requerendo um amadurecimento precoce, atitudes pensadas e brincadeiras sérias.
As corporações buscam profissionais que saibam trabalhar em equipe, mas a realidade impõe cada vez mais opções de solidão. Achamos jovens com um grande poder de oratória virtual que quando colocados frente a frente com “gente real” sentem-se inibidos, incapazes, despreparados e que não conseguem manter um relacionamento saudável com suas famílias, seus amores e principalmente, não conseguem decolar em suas carreiras. O desafio atual é saber viver entre pessoas, pois cada vez mais o ser humano é capaz de viver sozinho.
A mídia impõe um modelo formado, onde se tem que ser belo, educado, inteligente, capacitado, hábil, poético, bem sucedido, talentoso, com profissões pré-determinadas, modelos perfeitos que na mídia aprendemos a admirar, porém, quando observamos a vida real, vimos jovens depressivos por não poderem acompanhar este padrão imposto.O que fazer? Acomodar-se ou buscar valorizar o real, o visível e o atingível, tentando resgatar os valores de uma geração, dando liberdade para os jovens escolherem que caminho profissional seguir, que estilo adotar, que roupa vestir, sem parecerem outdoors ambulantes, sócias das atrizes de TV? É possível? Que tal tentarmos sair do comodismo? Talvez este seja um tema pesado para inaugurar uma página, mas, o obvio precisa ser dito e a realidade iluminada.

De volta a infância



Ser admirado pelas crianças e respeitado pelos adultos. Frase que ouvi uma única vez mas foi o suficiente para guardar no coração. Por que ser admirado por seres humanos que ainda não conseguem formar uma opinião válida para a sociedade? O que é ser realmente admirado? Se olharmos o significado da palavra admiração, veremos que ela nos remete a sensação de estarmos sendo observados e esse ato pode causar em nossos admiradores diversos sentimentos, tanto de respeito, simpatia, quanto de estranheza, espanto.Qual será o sentimento que estamos causando? Estamos deixando as pessoas se distanciarem de nós melhores do que quando se aproximaram? Você já parou para pensar se serve de referência a alguma criança? Qual o exemplo positivo que estamos dando a esses futuros jovens? Quando nós éramos pequenos, inocentes, quando ainda acreditávamos nas verdadeiras amizades, nos beijos curadores de nossas mães e tínhamos os professores como os mais inteligentes seres desse mundo, quem nós admirávamos? Em quem mantínhamos nossos sonhos? Qual era o nosso maior desejo naquela época, onde dinheiro, ego, fama, sucesso, inveja, vingança não faziam parte do nosso plano de vida e sim, felicidade, amigos, família, sentimento de alegria, boas risadas? O que você queria ser? Conseguiu se tornar? Será este o momento de resgatar aquele pequeno André, Carla, Mateus, Lúcia, Fernando, Cecília, Guilherme, Natália, Rodrigo, Kamila que está ai dentro de você? E fazer valer os verdadeiros valores que tanto defendíamos? Não se torne um adulto oculto. Aproveite este presente, o momento da juventude, para resgatar o que realmente lhe deixava feliz. A vida tem que ter sabor de chocolate, cheirinho de terra molhada, mesmo quando estamos rodeados de asfalto. Por que será que lembrar da infância é tão gostoso? Pois naquela época as nossas únicas preocupações eram com a nossa felicidade. Preocupe-se menos com “os outros” e reviva os seus sonhos de infância.

Mundo Instantâneo



A mensagem que antes voava amarrada em um pombo correio, hoje chega à caixa de e-mail em segundos. Os avisos que antigamente sofriam para se propagar são informados instantaneamente pelos mais variados meios de comunicação e recebidos pelas mais variadas e modernas tecnologias. A evolução aconteceu rapidamente e para muitos ficou impossível manter-se atualizado em meio a um mundo que parece girar cinco vezes mais rápido, fazendo as horas encurtarem e os meses parecerem semanas, prova disso é que só estão faltando apenas quatro meses para a chegada do natal.Infinitas são as evoluções, as quais vieram para facilitar a nossa vida, nos fazendo agradecer a cada persistente criador, os quais levaram meses, anos para acertar o que hoje nem paramos para valorizar, como as muitas tentativas de Thomas Edson.Com a rapidez que caminha a sociedade, nos acostumamos mal e passamos a exigir mais em um tempo cada vez mais curto. As crianças nascem querendo crescer, não sabendo elas que uma vez adultos, para sempre adultos. Na escola almejamos a faculdade, em seguida a pós, o mestrado, o doutorado e assim sucessivamente, nunca aproveitando por inteiro o dia que se chama hoje.Está difícil encontrar satisfação pessoal, e com isso os formandos escolhem suas profissões baseados no que os farão ganhar dinheiro com mais facilidade e rapidez, independentemente de prazer. Os recém contratados entram no emprego almejando promoção e, nessa busca alucinada por satisfação pessoal, onde associam ao dinheiro sobrando na conta, carro do ano na garagem e roupas caras no guarda-roupa, esquecem de cuidar das coisas essenciais da vida, as quais sem elas perdem a direção, como a saúde, a família, os amigos, os quais não ganham espaço na maioria das agendas.E, se pararmos para refletir sobre o que está nos motivando hoje em dia, já que não sentimos a necessidade de criar, inventar nenhuma máquina nova, nenhuma fórmula especial para vivermos confortavelmente? Onde está o fim? Onde está a felicidade que tanto procuramos? Quem estamos preservando para poder contar nas horas de solidão? Estamos deixando marcas positivas e portas abertas por onde temos passado? Como seremos lembrados? Ou não estamos podendo parar para refletir sobre essas “coisinhas” agora porque a agenda não permite?Se você parou para ler o conteúdo desta página já em um bom começo. Agora, basta saber qual o próximo passo para nos mantermos vivos em meio a essa correria. A conclusão do nosso dia, ao deitarmos a cabeça no travesseiro tem de ser agradável. Temos que respirar atitudes positivas, ações beneficentes, palavras de conforto e atitudes maduras, que se baseiam em ações pensadas e não apenas em gestos impulsivos e que trazem arrependimento.